O que melhor poderia se definir como um "show" ? A tradução mais literal da palavra da língua inglesa é "mostrar". Quando se pensa em um show musical, a imagem que nos surge instantaneamente é alguém em frente a um palco, cantando. Só que um show é bem mais que isso. Exige muito trabalho, muitas pessoas envolvidas e, acima de tudo, uma concepção, um projeto, uma ideia.
O que assisti ontem, no Museu da Imagem e do Som (MIS), de São Paulo, foi a concretização de alguma coisa que eu definiria como perfeita. Filipe Catto e Caio Andrade, em formato acústico, totalmente entrosados, em um show chamado - Limiar - Deuses e Monstros.
O set list com canções que mostravam o "céu" e o "inferno" que habita em cada um de nós. O nosso anjo e o nosso demônio interno de cada dia. Filipe Catto com sua voz cada vez mais segura e cristalina. Caio Andrade perfeito. A direção do show, como sempre, sensível e objetiva. Assistir a um show com projeções que remetem ao que estamos ouvindo é uma verdadeira "viagem". Tudo se encaixa e transmite a emoção de estarmos juntos em uma nave em direção ao sonho e também à crua realidade.
A única coisa que lamento é que apenas pouco mais de 100 pessoas tiveram o privilégio de assistir ao espetáculo de ontem no MIS. Felizmente os vídeos serão postados e pelo menos será possível ter uma ideia do que foi a experiência muito bem sucedida que Filipe Catto e sua equipe proporcionaram ao público.
Que venham outras ideias ousadas e maravilhosas como essa, que comprovam a versatilidade e o talento desse artista que já está consolidado como um talento único e especial dentro da música brasileira.
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